Meu Dia da Consciência Negra Neste dia | Maria Lu T S Nishimura

Meu Dia da Consciência Negra

Neste dia senti- me negra a pele,
toquei o meu cabelo crespo e amei.
No meu sorriso não havia o que repele,
então soltei o sorriso e me perguntei:

Qual é a cor do sorriso?
Qual é a cor da alegria?
Qual é a cor do caráter,
do amor e do respeito?

Tudo isso tem a cor que a gente quiser:
– Azul, amarelo, preto, branco ou verde…
O que não pode é machucar e ofender!
Isso sim é o preconceito de verdade…

Então, toquei o meu rosto …
e num instante uma lágrima me rolou,
desceu os meus olhos
e a minha cor foi ficando branca…

Corri para o sol e vento
e a minha cara tomou a cor de um pimentão!
Ardia e não havia protetor solar para a cura,
neste momento quis ser a negra pele…
porque nela havia resistência e força
na minha doce Consciência Negra!

Olhei para o sol e pedi:
– Me queima sem tornar- me vermelho sangue!
E logo me desfiz do branco,
tornando- me amarela
e o sol o amarelo manchou,
então a negra cor se consagrou forte!

Assim, cheguei a seguinte conclusão:
– A minha Consciência Negra é valorização,
porque ao valor cabe o orgulho
de quem se valoriza.

Então que este dia da Consciência Negra,
seja a cor da consciência de todas as raças,
que cada um busque o seu valor
e todos saibam viver com respeito e amor!

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